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A cerveja dos curiosos

14/10/2016 Fonte: O Globo /Online

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A curiosidade em torno das cervejas, não tenham dúvida, é o grande motor da quantidade de eventos cervejeiros que salpicam nossa agenda. Tem gente que, levada por esse interesse, se embrenhou internet adentro para saber o que está tomando e já tem intimidade com expressões que nos guiam pelas degustações.

Mas estamos aqui para facilitar a vida de quem é curioso mas ainda não mergulhou tão fundo nesse vocabulário. E, diante de mais três dias de Mondial de la Bière, vale a pena recortar e levar essa cola para as provas que teremos pela frente.

Carbonatação. É claro que beber mais de uma cerveja pode significar provar menos de outras, mas um dos indicadores da boa qualidade de muitos estilos é a espuma. Ou, em termos técnicos, a carbonatação. Já falei sobre espuma recentemente. É necessária, libera aromas, dá textura aveludada. Mas toma espaço. E como o copo que o usuário ganha na chegada tem duas medidas, de 100 e 200 mililitros, vale mais a pena a quantidade maior — com quantidade menor, um chope bem tirado ou uma cerveja servida com competência vira só espuma.

Transparência. Qual cerveja o leitor escolheria? Uma turva, dando a impressão de sujeira, ou uma cristalina, que mostra que o cervejeiro tratou o seu produto como um cristal? Depende. E muito. Estamos acostumados àquela transparência glacial dos chopes tradicionais, resultado da filtração a que estilos como as pilsener são submetidos. Mas e no caso da cerveja da moda, a weissbier? É o outro lado do estilo, a guarda dos resíduos, da exposição da cerveja a maltes e fermentos, da bebida viva, daquela que o garçom ainda balança o fundinho da garrafa para não sobrar nada. São mais densas, alimentam mais alma, pelo menos a minha.

Cor. É um dos tabus das nossas queridíssimas cervejas de casco. Mudou de cor? Descarte. Mas diante de tantos estilos em que a cor é um dos fundamentos, não se aflija. Para ter uma ideia, o Beer Judge Certification Program (BJCP), guia mais comum do julgamento das cervejas, tem mais de 40 tons de cor, da palha, quase branca, até o dark, de estilos como stout e porter. Passam também por nuances avermelhadas — ou cobre, como prefere o guia. Minha dica: dê uma caminhada pelo lado negro.

Amargor. Sem essa de “amarga, já basta a vida”. Os amargores são obrigações de uma boa cerveja e está na hora de deixar claro que, a não ser em caso de acidente, é uma necessidade para seu frescor — e um indicador de sua qualidade, especialmente quando o produtor capricha no estilo. Mas qual estilo é digno desse capricho?

Se for alguma das cervejas mais claras, do tipo IPA (indian pale ale) e de suas similares brasileiras e americanas, o amargor é um dos rastros dos lúpulos modernos que trazem muito aroma e sabor de frutas tropicais. Pode não gostar de cara, mas, aviso logo, é um vício. O amargor pode refletir também o nível de torra dos maltes, como naquele amarguinho que uma pururuca bem sapecada nos deixa na boca. É o caso das cervejas escuras, que citamos acima.

Álcool. Prepare-se. Há cervejas de menos de cinco graus. Mas encontraremos outras com mais de 10, como no caso das barley wines, de malte de centeio, ricas como um conhaque. Fique de olho, pergunte sempre a graduação do que servem: há estudos que dizem que as variações alcoólicas entre pequenos tragos de cervejas são tão ardilosos quanto os de bebidas mais fortes. Controlar o álcool ajuda a manter o paladar e nos deixa à vontade para dirigir o que bebe — nunca para dirigir após beber.

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