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Boulevard Olímpico entra de vez na rotina da cidade do Rio

29/08/2016 Fonte: O Globo /Online

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RIO - Um menino de uns 8 anos se esquivava das pernas dos pedestres que passeavam às margens da Baía de Guanabara em um dia ensolarado. Apostava corrida com o irmão mais novo, sob os olhares do pai.

— Eu sou o Bolt! — reivindicou.

No reformado boulevard do Porto, o clima dos Jogos Olímpicos ainda resiste — e não só nas brincadeiras das crianças. Cariocas e turistas lotaram o espaço no fim de semana, deixando claro que a área, que ganhará 26 quiosques, chegou para ficar entre as queridinhas da programação da cidade. Mesmo com tempo quente, reuniu público para rivalizar com as praias, que também estavam cheias. Sem parte das atrações da Olimpíada — como a casa da NBA, os shows e os estandes que ofereciam de pins a saltos de bungee jump —, o clima mais tranquilo atraiu muitas famílias que não tiveram tempo ou ânimo para enfrentar as filas formadas ao longo do boulevard nos dias de competição.

Por causa da rotina de trabalho, o técnico em planejamento Luís Gustavo Silva, de 39 anos, que mora em Angra dos Reis com a mulher Renata, de 43, e a filha Isabela, de 11, não conseguiu trazer a família ao Rio durante os Jogos. Terminada a Olimpíada, finalmente os três conseguiram tirar o fim de semana para passear no Rio:

— Achamos necessário vir conhecer o boulevard. Está agradável. Queremos voltar na Paralimpíada. Independentemente de ter uma atração, queríamos ver como está a área. Para a cidade, é um ganho grande — disse Luís Gustavo.

Já Aniger Montezuma, de 35 anos, advogada e moradora de Niterói, havia decidido visitar o boulevard com o marido e a filha Eloá, de 6, só depois que parte dos turistas tivesse ido embora da cidade:

— A gente esperou para trazer as crianças com mais calma. Está bem revitalizado, diferente. Por enquanto, está valendo os transtornos causados por tanto trânsito e tanta obra — brincou Aniger.

ATRAÇÕES REMANESCENTES

Ainda há muitas atrações. As barraquinhas de cerveja e os food trucks permaneceram, assim como a Casa Brasil, que continua recebendo visitantes e mantém as filas. Sem os shows, as bicicletas (que podem ser alugadas na própria Orla Conde) e os skates invadiram as pistas, ocupadas também por barraquinhas de artesanato. Tudo ainda parece ser novidade: é difícil passar alguns segundos sem testemunhar uma selfie sendo tirada.

Patrícia Raposo, de 28 anos, mora na Baixada Fluminense e enfrentou uma hora de trem para levar as amigas Jessilene e Valquíria para conhecer o boulevard. De cara, as três tiraram muitas fotos com o letreiro com a hashtag “Cidade Olímpica”. Patrícia, que está desempregada, trabalhava em um call center da Região Portuária quando a Perimetral começou a ser demolida.

— Estive aqui durante a Olimpíada também. Estava bem cheio. Virou um espaço de lazer bem bacana. Valeu a pena pegar o trem. O que eu mais gosto é desse clima de interação entre as pessoas, de descontração — opinou.

Quem continua por lá são os artistas de rua. Entre os personagens, pode-se cumprimentar de Santos Dumont, que fica estrategicamente posicionado em frente à escultura de “seu” 14 Bis, na Praça Mauá, a Charles Chaplin com sotaque espanhol. De paletó, maquiagem branca no rosto, chapéu, bengala, bigodinho e uma medalha de ouro no peito que destoa da caracterização fiel, o venezuelano Miguel Zamora, de 31 anos, veio ao Rio tentar conseguir alguns trocados para gravar um filme, em um povoado pobre de seu país natal.

— A ideia é dar aulas de cinema para as crianças do povoado durante as filmagens — disse Miguel.

Há muita gente que, apesar de aprovar o resultado do Boulevard Olímpico, também está desconfiada da viabilidade da manutenção do trecho de 3,2 quilômetros entre a Praça Quinze e o AquaRio. A falta de segurança no futuro era uma das principais preocupações. No fim de semana, havia vários carros da PM, além de policiais circulando a pé e posicionados em torres de observação. Em nota, a Polícia Militar informou que “o policiamento permanece reforçado tal qual durante a Olimpíada e seguirá até o final da Paralimpíada”, mas não precisou o efetivo exato que atua no Porto.

— A Olimpíada melhorou a atmosfera do local. Mesmo sem os Jogos, está muito bonito. Mas o povo é muito mal-educado. Se não houver a vigilância que temos hoje, vai ficar tudo sujo e vandalizado — disse a publicitária Gisela Fernandes, de 21 anos, que foi passear na Praça Mauá com o namorado, Rafael Lemos.

Mesmo com a pira sem o fogo olímpico, visitantes não dispensam uma selfie com a relíquia, que continua cercada de todos os ângulos por pessoas que buscam um registro com smartphones. É um momento disputadíssimo. A médica Marcia Martan, de 52 anos, tirou uma foto do marido, o professor de educação física Luís Cláudio, posando com o braço esticado, como se estivesse segurando a pira.

— Viemos do Recreio — contou a médica. — Ainda não tínhamos vindo conhecer o boulevard. A gente queria ver como ficou.

Já os colombianos Manoel Cortéz, de 29 anos, e Sérgio Ortiz, de 32, encontraram uma solução para manter a tocha acesa:

— Vamos ter que colocar a chama no Photoshop — brincou Manoel.

Na Paralimpíada, parte das atrações será retomada, como os shows do Palco Encontros e o bungee jump. Em outubro, o Píer Mauá receberá o festival de cervejas Mondial de La Biére.

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